Aquilo devia-lhe estar a doer bastante para ela me pedir para a levar ao médico. Não tinha nada partido, mas estava bastante inchado. A médica recomendou que tomasse brufen e fizesse gelo e caso no dia seguinte estivesse igual para a levar ao hospital a fazer um rx, para despitar qualquer estaladela.
No dia seguinte o dedo parecia que continuava igual e ela com dores e lá fui ao hospital, por descargo de consciência e por insistencia do pai. Depois de umas horas (mesmo com pulseira amarela) lá conseguimos ser atendidas. Não tinha nada de nada, mas como o ortopedista achou que estava muito inchado e já tinham passado 24h, resolveu por-lhe uma tala que deveria ser usada por uma semana e eu a pensar: "sim, sim, estasse mesmo a ver... uma semana...espera aí, espera..."
Bem, de regresso a casa, ela ia super feliz com a sua tala. Foi um tal mostrar a toda a familia, toda importante com a sua mazela. Isto foi a um sábado. Domingo já não lhe doia o dedo, doia-lhe era a força que a tala fazia. Disse-lhe que podia tirar a tala, mas ela disse que não, que não doia assim tanto, que era melhor ficar mais um tempo. Segunda de manhã, voltei a perguntar se queria tirar. Não, diz-me ela, não sei é como vai ser na escola, na cantina. E eu já a ver o filme todo: queria era ser o centro das atenções das amigas. E era mesmo isso. Veio feliz da vida da escola e eu volto a perguntar se agora já quer tirar. "Ainda não...amanhã tenho Educação Fisica e se não levo a tala o professor não se acredita em mim e obriga-me a fazer a aula, é que vamos fazer cambalhotas e ainda posso piorar.." Mas isso ainda te doi? - pergunto-lhe eu. Ela com uma cara de comprometida lá diz que não. Não queres é fazer a aula, não é? Ok, leva lá a tala!
