Deixei a Sofia na sala a brincar com os bébés e fui ao escritório actualizar o correio.
- Ó mamã! Ó mamã...
- O que é?
- Onde estás?
- Estou aqui no escritório, anda cá ter comigo.
- Eu não preciso de ti.
- O quê?
- EU NÃO PRECISO DE TI.
- Ah... está bem.
E continuei a ver o correio.
Passados 5 minutos (se tanto) apareceu ela no escritório e diz-me toda contente:
- Olha para mim!
Estava toda, toda pintadinha. Braços, cara, pernas... Com baton, com verniz e mais baton....
Se fosse só ela, não fazia muito mal... e o sofá? E os bonecos com que ela estava a brincar? Tudo sujo. Os meus sofás de tecido beje estavam com grandes manchas cor de rosa. Felizmente o verniz é daquele próprio para crianças: sai com água quente.
Zanguei-me, gritei-lhe. Peguei nela pelo braço e meti-a na banheira. Ela chorou. Chorou muito. Quando lhe disse que estava de castigo, chorou ainda mais.
- Eu não gosto de castigo! Eu não gosto de castigo - chorava ela.
- Quem faz asneiras, fica de castigo. Quem foi que fez asneiras??
- Foste tu!!! Buáááááá´
Quando a fui deitar na cama dela (o castigo foi esse, não ir adormecer na minha cama) pergunta:
- Porque é que tu estás triste?
- Diz-me tu, porque é que eu estou triste?
- Não digo nada..... buáááááááá